A Terapia Infantil é uma área da psicoterapia dedicada ao atendimento de crianças. Geralmente, os profissionais utilizam recursos lúdicos para observar o comportamento dos pacientes e abordar as dificuldades mais evidentes.
As atividades lúdicas desempenham um papel crucial nesse processo de diagnóstico, pois permitem identificar questões subjetivas relacionadas a angústias ou tristezas, muitas vezes sem uma causa clara. Por meio dos jogos e brincadeiras, o terapeuta pode adentrar no mundo infantil, considerando as necessidades individuais e características únicas de cada criança.
O foco principal é o bem-estar emocional da criança, buscando ajudá-la a encontrar formas de se sentir melhor. É comum que a criança não tenha total consciência do que está sentindo para expressar espontaneamente durante as sessões.
Portanto, essas brincadeiras facilitam a interação com o terapeuta, permitindo que ele encontre maneiras de aliviar o sofrimento e oferecer suporte.
Como funciona e quais as particularidades desse tratamento?
A infância é uma fase de grandes transformações e crescimento, tanto físico quanto emocional. Porém, é também um período em que podem surgir alterações comportamentais que requerem compreensão e habilidade para lidar.
É crucial compreender o papel e a importância da terapia infantil para que pais, avós, professores e outros responsáveis possam buscar o tratamento adequado quando necessário. Algumas questões exigem atenção imediata para evitar complicações futuras. O processo de terapia infantil começa com uma entrevista detalhada com os pais ou responsáveis. Nessa fase inicial, busca-se entender o histórico da criança, compreender a dinâmica familiar e identificar as principais queixas apresentadas. Após a fase de coleta de informações, iniciam-se as sessões de terapia infantil. Em casos mais complexos, pode ser necessário um atendimento individual inicial com a criança antes de envolver os pais ou realizar a terapia familiar. É importante ressaltar que o tratamento não possui um prazo fixo, mas geralmente já se observam mudanças positivas nas primeiras sessões. Paciência é necessária para permitir que a criança se sinta confortável e interaja com o terapeuta, visando atender às expectativas de todos os envolvidos.
Mesmo que a criança não consiga expressar verbalmente seus sentimentos ou preocupações, o terapeuta poderá identificar diferentes formas de intervenção com base nas informações coletadas. Com sensibilidade, o terapeuta irá gradualmente ajudar a criança a identificar e nomear seus sentimentos, além de orientá-la sobre como lidar com suas dificuldades. Ao longo das sessões, são criadas estratégias que facilitam o seu desenvolvimento.
Quando fazê-la?
São variados os motivos que levam pais ou responsáveis a buscar auxílio para crianças por meio de tratamento psicoterapêutico. Entre os mais comuns estão:
• Dificuldade de relacionamento com outras crianças;
• Inconsistência com os membros da família;
• Constantes reclamações dos professores;
• Dificuldade em manter a concentração;
• Baixo rendimento escolar;
• Traumas de infância;
• Isolamento social;
• Timidez excessiva;
• Agressividade;
• Hiperatividade;
• Depressão.
• Ansiedade
Muitos desses sintomas podem estar relacionados com dificuldades em lidar com determinadas situações. Mudanças na escola, separações dos pais, perdas de entes queridos ou até mesmo de animais de estimação são fatores que podem influenciar. Outro ponto importante a ser considerado é a mudança no estilo de vida devido a problemas financeiros que afetam a família. Crianças percebem quando há tensões conjugais ou outras questões que impactam os relacionamentos dos pais.


